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Castração

Dra. Letícia explica tudo sobre castração e cuidados de cães e gatos

Segundo ela, a castração é um nome informal usado para esterilização dos animais para que estes não reproduzam mais

Publicado em 30/06/2023 às 15:45
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(Foto: Portal da Cidade)

Nesta sexta-feira (30), em uma entrevista com a Médica Veterinária Dra. Letícia Wazny Silveira Alvares, o assunto foi sobre castração e ela vai nos explicar como funciona o procedimento.

Dra. Letícia explica que castração é um nome informal usado para esterilização dos animais para que estes não reproduzam mais. Primeiramente ela nos explica sobre como funciona esse procedimento nos cães: na fêmea, o procedimento se chama Osh ovariosalpingohisterectomia. Para fazer esse procedimento tem abertura de cavidade abdominal, pois o útero e os ovários, órgãos removidos, estão dentro da cavidade abdominal, juntamente com o intestino, fígado, rins, enfim, é preciso fazer a abertura dessa cavidade.

Para que esse procedimento seja feito, é preciso que o animal esteja saudável. São feitos alguns procedimentos e alguns exames prévios à essa cirurgia para que se possa realizar essa cirurgia com a maior segurança possível.

Dra. Letícia explica ainda que todo procedimento tem risco, porque pode haver alterações ou manifestações de doenças que não se consegue simplesmente ser vistos num exame clínico ou num exame de sangue prévio que são os exames básicos que são feitos. É feita a abertura da cavidade, a retirada do órgão como um todo, saindo dessa forma a produção de hormônios, que é feita pelos ovários, e sai também o útero, que é o órgão onde os filhotes seriam alojados, no caso de uma prenhez.

É um procedimento relativamente simples, tem um pós cirúrgico de dez (10) dias onde é usado medicações, cuidado com os pontos, roupinha cirúrgica e no 10º dia se retira os pontos e o animal é liberado. Com esse contexto evita-se muitas doenças, muitos problemas que podem ser relacionados à essa produção ou alteração de hormônios que nelas seriam a infecção de útero, tumor no útero, tumor nos ovários, ovário policístico que pode causar alguma alteração como a gravidez psicológica (Pseudociese) e também de certa forma, evitando tumores mamárias. Evita alterações hormonais e evita que o tutor use os progestágenos (injeções anticoncepcionais ou abortivas) que, segundo Dra. Letícia, ela não usa e não indica porque são produtos que causam sérios problemas.

Após a esterilização dos cães (macho e fêmea), eles não reproduzem mais. No caso dos machos, no qual o procedimento de castração é chamado Orquiectomia, diminui consideravelmente ou elimina completamente a marcação de território. O odor e a coloração da urina muda devido ao déficit de hormônio. Nas fêmeas não tem mais cio, não tem mais sangramento, não tem mais macho procurando porque ela não tem mais a produção hormonal, consequentemente não está mais apta a ter filhotes.

No caso dos felinos, da fêmea em questão, o procedimento de castração é feito da mesma forma: abertura de cavidade, retirada do útero e ovários também. Nos felinos, Dra. Explica que precisa ter uma certa cautela, um certo cuidado a mais, uma certa atenção, porque os gatos interpretam o ponto como sujeira e eles lambem até arrancar. No caso dos caninos, muitas vezes se tem uma coceirinha, uma mordiscada, devido ao fato de estar coçando aquele ponto no 3º, 4º, 5º dia, diferente do gato que já no 1º dia interpreta os pontos como sujeira e lambem muitas vezes causando evisceração (abertura de cavidade) onde os órgão todos saem. É necessário que o tutor esteja disposto e tenha disponibilidade para cuidar do animal nesse período.

No caso dos machos, o procedimento é bem mais simples. Não tem abertura de cavidade, porque a intenção é a retirada das gônadas (testículos) tanto no cão quanto no gato. No felino é feito uma incisão em cada lateral, não sendo feito pontos. O animal vai pra casa como se nada tivesse acontecido. No 1º dia pode ter alterações devido a anestesia, depois fica tudo bem. No cão é feito uma incisão pré-escrotal para a retirada dos testículos pelo mesmo espaço. No macho canino também tem que ter um cuidado maior porque ele também pode mexer nos pontos, claro que com bem menos risco, porque se ele arrancar os pontos, é uma ferida cirúrgica, não tem exposição de outros órgãos.

Da mesma forma na fêmea, tem que ter um cuidado pós-cirúrgico, como uso de anti-inflamatório, antibiótico em alguns casos, e analgésicos, além do cuidado do tutor.

Se você tem um animal e não quer que ele procrie, não quer que ele tenha filhotes, é preciso esperar eles amadurecerem, pois Dra. Letícia diz que não trabalha com castração pediátrica, ela espera eles amadurecerem até próximo da idade madura para a sexualidade, tanto em gato como cachorro, em torno de 6 à 8 meses, dependendo do porte da canina. O ideal é que chegue o mais perto da maturidade e castre antes do 1º cio, reduzindo a primeira oscilação hormonal. Existem dois consensos: um que é 1º antes do cio e o outro que deixa de ter o 1º cio pra ter a certeza de que aquele animal realmente amadureceu, deixa passar o cio e castra.

Não tem indicação de castração durante o período do cio porque aquele órgão está “acordado”, mais irrigado, tem maior risco de hemorragia nessa cirurgia.

Se acontecer de o animal fugir e cruzar, Dra. Letícia explica que na sua concepção clínica tem duas opções: ou castra logo após o animal ter tido relação e emprenhado ou deixa que os filhotes venham a se criar e depois se faz a castração.

Gata não tem período certo de cio, como ela é estimulada pelo macho, ela pode fazer um cio à cada mês ou à cada semana, enfim, diferente das cadelas que normalmente tem o tempo de cio de 6 em 6 meses.


Clínica Veterinária Patas & Cia

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